Top 5: Novelas mexicanas exibidas pelo SBT

Não tem jeito! Quando se pensa em novela mexicana no Brasil, o SBT logo vem à cabeça. E parece mesmo que as produções da terra de Chaves e Thalia e o canal de Silvio Santos tem tudo a ver, tanto que um novo nicho foi encontrado: o da exibição, com sucesso, dos enlatados no horário da tarde, basta reparar nas audiências de “Rubi”, “O Privilégio de Amar” e nas infindáveis reprises de “A Usurpadora”, “Marimar” e cia.

A identificação da emissora com o gênero é tão forte, que Record e CNT, por exemplo, já dedicaram espaço em suas grades às tramas made in México, no entanto, sem o mesmo impacto. Talvez pelo fato de, desde que foi inaugurado (no início dos anos 80), o SBT manter uma parceria com a Televisa , seja para a exibição ou a adaptação de textos com elenco brasileiro. É algo mais prático e barato – e tem seu público.

De início, as novelas mexicanas eram associadas a adjetivos como: cafonas, exageradas e simplórias (para não dizer bregas e toscas, como preferem alguns). Nesse quesito como não amar “Ambição”? Na história, levada ao ar em 1991 (cujo título original é “Cuna de Lobos”), a grande vilã Catarina (Maria Rubio, uma espécie de mãe de todas as vilãs mexicanas) combinava o tapa olho com o figurino. A novela, que já ganhou remake no México, é hoje considerada um clássico.

No entanto, desde que a TV Azteca começou a fazer frente à Televisa – principal exportadora de novelas do mundo e que reinava sozinha (produzindo em ritmo industrial) – em território mexicano, as produções ganharam acabamento mais caprichado. Até mesmo para acompanhar as evoluções do gênero.

Além do acordo com o império mexicano das telenovelas (Televisa), o SBT já exibiu, em horário nobre (no qual hoje está a reapresentação de “Rebelde”), histórias de outros países. Alguns exemplos de tramas que fizeram muito sucesso foram a argentina “A Estranha Dama” e a venezuelana “Topázio”, exibidas em 1992, além da colombiana “Café com Aroma de Mulher”, em 2001. Teve ainda “Marielena” (1993), um dos maiores êxitos mundiais da americana Telemundo, com atores latinos no elenco. Mas para o telespectador comum “é tudo mexicana”!

Bom ressaltar que, atualmente, países como Argentina e Colômbia se destacam no segmento telenovelas, com produções dinâmicas, caprichadas e antenadas com assuntos do momento e questões sociais. Mais conservador, o México (apesar de raras ousadias, principalmente por parte da TV Azteca) segue apostando em enredos tradicionais, romances açucarados, amores proibidos, dramas familiares e promessas de vingança.

Vamos, então, à relação das melhores novelas mexicanas de todos os tempos, apresentadas pelo SBT (na Opinião do blog ‘Sob Controle’):

1º lugar – “A Usurpadora”

Exibida pela primeira vez em 1999, a novela chegou a marcar 18 pontos de média, mas é sucesso em qualquer horário de exibição (já foi reprisada mais de cinco vezes e volta e meia é anunciada para elevar o Ibope da programação do SBT). A trama já rodou mais de 120 países e, por conta disso, Gabriela Spanic (as gêmeas Paola e Paulina Bracho) ganhou fama mundial.

O sucesso no México foi tamanho que rendeu o especial de duas horas “Más Allá de La Usurpadora” (“Além da Usurpadora”). Na sequência, um ano se passa e Paulina (Gabriela Spanic) descobre um câncer terminal. Ela prepara Raquel (Yadhira Carillo) para ser a nova senhora Bracho e ficar com Carlos Daniel (Fernando Colunga). Mas Raquel não é tão boa quanto parece…

Curiosidade: Gabriela Spanic já viveu as gêmeas Gilda e Raquel na venezuelana “Como Tu, Ninguna”, em 1995. Em 2001, a atriz interpretou Virgínia e Vanessa em “La Intrusa”, na Televisa. A novela não rendeu bons resultados no México, mesmo assim seria uma boa pedida para o SBT até pela associação com “A Usurpadora” e a boa aceitação que a trama sempre tem por aqui.

Porém o SBT já tem dublada “Soy tu Dueña”, de 2010, na qual Gabriela interpreta a vilã. A trama marcou a volta da atriz ao México (e à Televisa) após um período na Colômbia e nos Estados Unidos como contratada da Telemundo. Depois de “Soy Tu Dueña”, na qual ela poderia ter repetido o par romântico de “A Usurpadora” com Fernando Colunga (a protagonista é Lucero), Gaby assinou contrato de cinco anos com a TV Azteca (concorrente da Televisa). Sua primeira novela por lá foi “Emperatriz” (“Imperatriz”).

Por aqui, “Soy Tu Dueña” deve chamar “A Dona” (e cogita-se entrar em horário nobre). É na verdade um remake de “La Dueña” que o México exibiu em 1995 com produção de Florinda Meza (sim, a dona Florinda de “Chaves). O SBT já realizou sua versão brasileira em 2001, batizada “Amor e Ódio”, com Suzy Rêgo e Daniel Boaventura nos papéis centrais e Viétia Rocha como vilã.

2º lugar – Trilogia das Marias


Estrelada por Thalia, a queridinha da Televisa, a trilogia contou com “Maria Mercedes” (1996), “Marimar” (1996) e “Maria do Bairro” (1997). A atriz e cantora mexicana dividiu a cena com os galãs Arturo Peniche, Eduardo Capetillo e Fernando Colunga, respectivamente.

Já reuni as três produções porque todas tem basicamente o mesmo fio condutor: a transformação de mocinhas humildes em princesas, a partir do momento em que se envolvem com homens de classes sociais diferentes. E, claro, todos os desafios que as “Marias” enfrentam por conta disso.

Na verdade, tanto no México quanto no Brasil, o carro chefe é “Maria do Bairro”, que fecha a trilogia. Sucesso absoluto desde a primeira vez que foi ao ar, é a novela mais comercializada pela Televisa internacionalmente. E tem outro ponto alto: a diabólica Soraya (Itatí Cantoral).

As outras tramas começaram a chamar mais atenção mesmo a partir de suas reapresentações. “Maria Mercedes” até ganhou remake do SBT em 2007: “Maria Esperança”, estrelada por Bárbara Paz (um dos erros foi não manter o título original). Já em “Marimar”, Thalia conversava com o cachorro “Pulguento”! Em comum, as histórias têm o fato de serem remakes de produções venezuelanas dos anos 70 e 80, escritas por Inés Rodena.

No Brasil, ainda vimos Thalia em “Quinze Anos” (1991) e “Rosalinda” (2001). Esta última, também começou a repercutir mais a partir das reprises e foi a última participação da atriz e cantora no mundo da teledramaturgia (embora volta e meia a Televisa tente promover, ainda sem sucesso, um regresso).

3º lugar – “Rosa Selvagem”


Outra novela bem-sucedida estrelada pela atriz Verônica Castro, um dos grandes nomes da TV mexicana em todos os tempos. Ela também protagonizou os sucessos “Os Ricos Também Choram” e “O Direito de Nascer”, que o SBT transmitiu em 1982 e 1983, respectivamente.

Exibida em 1991, às 21h00, na sequência de “Carrossel” (que ia ao ar às 20h30), “Rosa Selvagem” chegou a picos de 20 pontos de audiência em seus últimos capítulos, ameaçando a Globo. Conta a história de uma moça pobre que se veste de garoto e um dia invade uma mansão para roubar maçãs, mas se apaixona pelo dono da casa.

Detalhe: na reta final, a vilã Luciana ganhou uma nova intérprete. Edith González deu lugar à Felícia Mercado. A prática era muito comum no México. Quando havia uma baixa no elenco, não se matava ou sumia com um personagem, optava-se pela substituição, ainda que fisicamente uma atriz não tivesse nada a ver com a outra.

4º lugar – “Carrossel”


Impossível não colocar a novelinha nesse ranking. Ao retratar os dramas, descobertas e aventuras de um grupo de alunos do 3º ano, a história incomodou a Globo, que exibia “O Dono do Mundo”, em 1991. A inocência da turma da professora Helena (Gabriela Rivero) foi apontada como um dos motivos para a rejeição à produção global, na qual Antonio Fagundes vivia o inescrupuloso médico Felipe Barreto.

Alçada ao posto de celebridade, principalmente na América Latina, Gabriela Rivero foi recebida com honras no Brasil pelo então presidente Fernando Collor de Mello e desceu a rampa do Congresso Nacional. A Televisa produziu uma sequência (“Carrossel das Américas”) e o remake “Vivan Los Niños” (exibido pelo SBT em 2003 como “Viva as Crianças – Carrossel 2”), porém, sem o mesmo barulho. Recentemente, Silvio Santos apostou na versão brasileira da história e acertou.

5º lugar – Chispita


Um fenômeno de audiência do SBT e um marco na infância de muita gente nos anos 80, narra a história de Isabel. A garota vai parar num orfanato após um acidente de carro no qual o pai morre e a mãe perde a memória. Exibida sete vezes pelo SBT, a trama foi estrelada por Lucero, hoje cantora no México e estrela da Televisa.

A mãe da menina era vivida por Angelica Aragón, uma espécie de Regina Duarte mexicana, namoradinha do país. “Luz Clarita”, produzida em 1996 e exibida pelo SBT em 1999, foi um remake estrelado por Daniela Luján.

Feito por: ‘Sob Controle’/ Editado por: Redação Grupo ACSMtv

2 Comments

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  1. concordo com a minha chara gaby diva a usurpadora melhor novela do universo

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  2. adorei seu blog esta exelente pois e mais merecido o primeiro lugar a la usurpadora protagonizada pela diva gaby spanic uma mais que exelente atriz que ganhou como miss venezuela

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